domingo, 6 de abril de 2008

Quinto dia

Dia 18, terça-feira. Neste dia fomos a um pool diferente, na parte baixa do rio. O maior problema era o caminho, ainda muito encharcado com as águas das chuvas e com muita lama. Saímos guiados por um dos funcionários da fazenda, já que a estrada estava bem pesada, mas não teve jeito, tínhamos que cruzar um pequeno córrego e não deu outra, o carro atolou. Após várias tentativas chegou um pick-up maior que nos resgatou do meio do riacho. Chegamos ao pesqueiro. Com o material montado caímos imediatamente na água. Vários arremessos em um trecho curto, com bom volume de água, mas nada de peixes. Onde estariam os peixes, parei para trocar de isca e não acreditei no que vi, os peixes estavam aos meus pés, literalmente hahaha, o peixe estava ali comendo aos meus pés. Incrível, mas parece mentira, aquelas do tipo que se contar ninguém acredita, mas era verdade, o peixe estava comendo a suspensão que o meu pé levantava, ou seja, quando caminhava os meus pés remexiam o fundo e o peixe ficava ali comendo. Contei três peixes, o maior ficava a 1m no máximo de meus pés, e atrás mais dois peixes menores. Tentei colocar a isca na boca do peixe, direcionando com as mãos, mas o peixe é esperto, não deu bola para isca, só queria saber da lama que eu levantava, fiquei uns 30 min ali me divertindo com os peixes. Tentei um pouco mais a frente, mas nada de peixes.
Paramos então para o almoço. O guia apontou para o alto do morro e disse “condores, bem ali, estão atrás de alguma carniça, deve haver algum animal morto”. Iscas na água novamente. O trecho agora era em curva, longo e com águas calmas. O céu estava nublado, soprava uma leve brisa. Começamos batendo a cabeceira onde a água era um pouco mais rápida. Nelson pescava com uma bambu #6 feita pelo Beto, eu vinha logo atrás, uns 50m. Usávamos ninfas, eu com uma prince #8 e Nelson com uma #10, todas bem lastreadas. Arremessando bem junto ao barranco e deixando a isca derivar... até o momento mágico, onde a isca pára e ENROSCA! Novamente a mesma sensação de ter ferrado um pequeno peixe, que vai crescendo durante a briga, progressivamente, ou seja, no primeiro instante um pequeno peixe, logo após 2, 4, 6 ... 10kg.
A briga foi mais fácil desta vez, sem corredeiras fortes, o peixe tomou linha até o backing e parou aos pés de Nelson, que estava a uns 50m a minha frente. A vara #6 de ação Extra-rápida facilitou muito a briga.
Brigou pouco e logo estava ancorada na margem do rio.

Só me restava uma coisa a fazer
Acender um bom charuto e tomar uma dose de conhaque.

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