Saímos no dia 07/05 (sexta-feira) do RJ pela TAM com mudança de avião em SP, chegamos a Caracas às 4h30 de sábado e embarcamos para LR, através da AEROTUY, às 9h. Mas é justamente no desembarque em Caracas que começa o nosso problema, o extravio de minha bagagem com a maioria do material (iscas, carretilhas, linhas e todas as roupas). Partimos para LR com o que tínhamos e com a esperança de que a mala ao ser achada fosse remetida para a pousada na ilha - aqui cabem algumas observações: 1ª - mantenha os dados de pousadas, guias e tudo mais em mãos, pois graças ao meu notebook pude acessar e fornecer todos os endereços e telefones necessários para que me achassem na ilha; 2ª - separe o material em duas malas menores de forma que você possa montar um ou mais equipamentos para pescar em caso de extravio da mala despachada; e 3º - caso o país que você vá não permita o embarque com carretilhas na bagagem de mão, separe todo material que vai ser despachado em duas malas menores, isso vale para as varas também, pois alguma coisa vai chegar. Agora, se você vai para os USA não esquente com o sumiço, compre tudo (roupas e equipamentos) no cartão e guarde as notas fiscais para reembolso junto à companhia aérea - Em resumo, a mala chegou na terça-feira pela manhã, mas infelizmente só tive acesso à mesma no final do dia.
A chegada a LR foi um pouco triste, pois o problema com o extravio da mala não saia de minha cabeça. Ao chegarmos à pousada Gremary, fomos recebidos pelo Vitor (filho do dono) que nos recebeu atenciosamente. Perguntei pelo brasíleños (Thiago, Alemão, Philipe e Guilherme) que estariam por ali, ele prontamente me levou até ao quarto onde eles se encontravam, e ao vê-los me assustei, pois os caras estavam acabados (o sol castiga), mas logo reparei que era só aparência, pois os caras estavam felizes da vida, e imediatamente foram falando sobre os bones, locais mais legais, dicas de como pescá-los e fotos, muitas fotos. Guilherme estava com os pés machucados, não me lembro bem o motivo – aqui cabe 4ª observação, leve um bom calçado, tanto para andar na ilha como para caminhar sobre os corais, pois eu também tive o dissabor de furar a planta do pé em um pedaço de coral andando descalço na praça perto da pousada, e o resultado foi muita dor no pé, e como a pescaria do bone é praticamente feita andando sobre corais, sofri um bocado. Esse fato teve influência direta sobre todas as minhas pescarias, muitas das vezes por causa da dor imensa, fiz mais barulho do que o recomendado ao caminhar sobre as pontas de corais que cismavam em atingir o local ferido em cheio, causando uma dor insurpotável, que me deixava com vontade de parar de caminhar. Eu recomendo o uso de uma sapatilha ou bota especial para andar em flat que seja bem fechada e que possua um solado mais grosso do que essas sapatilhas de mergulho que temos por aqui. No primeiro dia de pescaria, sem a minha bota de caminhada que ficou na mala extraviada, utilizei uma da marca Chota rsrsrsrs que achei bem legal, foi emprestada pelo Guareque, pois como falei o solado mais grosso não permite que se sinta tanto as pontas de corais, fazendo com que o seu caminhar seja mais firme e macio.
Bom, depois de um breve bate-papo partimos para o que seria o motivo de nossa ida a ilha “bonefish”. Nosso primeiro contato com o peixe veio após alguns arremessos em nosso alvo primário os pelicanos, ou seja, você arremessa no espumeiro que se forma ao largo da ave durante o mergulho na água, detalhe, o bone estará embaixo do rebu e se você der sorte estará com um (bone ou pelicano) na ponta da linha. A briga com o pelico é limpa, ele voa baixo e não corre para os fios e postes, já os bones, esses sim brigam sujo, correndo entre as amarras dos barcos, corais e algas. O difícil é soltar o pelicano, pois o bico dele é feio pacas e morde um bocado.
Segundo o Philipe “esse é o melhor momento para fazer o GRAND SLAN, é só pegar um pelicano, uma viuvinha e uma gaivota” - eu (JR) bem que tentei e peguei um pelicano, mas faltou competência para pegar as demais.
Fotos do Dr.Jekyll
Detalhes da piscosidade do local
Philipe esticando a linha
Mas essa ainda não é a minha pescaria do BONEFISH
Às 17h Alemão voltou para o Brasil e após o jantar fomos juntos com Guilherme e Philipe (Thiago foi dormir) tomar umas Soleras (cerveza com 6% álcool). Depois fomos dormir, pois o cansaço bateu forte.
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